Nasci na cidade de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, aos 7 dias do mês de abril de 1955: nove meses depois de uma grande explosão de amor.
A partir de então, perambulo pela via láctea: Vida.
Quem fui o vento já levou.
Um pouco do que fiz, quando em devaneio, encontra-se aqui.
O que sou a morte levará quando cessar a grande explosão de amor.
Entre um dia e outro ligo palavras desencontradas de acordes dissonantes e fotografo a contemplação do vento.
Sonho pelo olhar da formiga, pelo voo do beija-flor.
Coleciono silêncio jogado nas sarjetas.
Minhas emoções são livres e vivo para correr atrás delas.
Não sigo regras: sigo emoções e se posso, mergulho na ternura.
Meu som predileto é o suspiro de um sentimento velho.
Caminho olhando pelos buracos dos muros e paro ao encontrar ninho de passarinho.
Meu grupo sanguíneo é “A” – explico: A de Absorta: não posso doar sangue.
Carrego o gene da “bobice” em horas alternadas, mas nas horas certas sou cratera.
AVISO: Quem me lê pode se “ignoranciar” ou pode ser perdido em meio aos carretéis de linha em branco.
É aconselhável ler as páginas seguintes munido de lanterna, para iluminar as palavras obscuras.

